CULTURA NO CASARÃO HISTÓRICO DE VILA GUILHERME - 2013

20-12-2013 12:51

Vila Guilherme - Dezembro/2013

      O ano finda e a comunidade de Vila Guilherme e região está otimista com a possibilidade de criação do centro cultural municipal no famoso casarão da praça Oscar da Silva. Muitas reuniões estão acontecendo, discutindo diversas questões, sendo a principal delas a forma de gestão desse espaço cultural.

Vista do Casarão. Vista do Casarão. Reunião pedida pela Abaçaí.Reunião pedida pela Abaçaí.

É META – A meta nº 27 do Programa de Metas da prefeitura indica a subprefeitura V. Maria/ V. Guilherme para receber um dos 16 equipamentos culturais propostos para a cidade. O custo total estimado é de R$ 67,5 milhões. Isso daria, em média,  R$ 4,2 milhões por equipamento, o que é uma verba interessante para adequar o grande casarão aos serviços culturais demandados. A secretaria responsável é a de Cultura, e o Cronograma de Entrega indica o período 2015-2016 para a concretização da meta.

GESTÃO – Porém a grande discussão tem sido: qual a forma de gestão desse novo equipamento cultural? Será administrado diretamente pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), ou a gestão será terceirizada, através da nomeação de uma OS (organização social) privada? Normalmente os espaços culturais da prefeitura são geridos diretamente pela SMC. Eventualmente são administrados pelas subprefeituras locais (como as Casas de Cultura da Freguesia e do Tremembé). As OSs têm atuado no governo estadual, que terceirizou a administração de espaços como a Biblioteca de S. Paulo e a Casa das Rosas.

 Reunião na subprefeitura para discutir o Casarão. Reunião na subprefeitura para discutir o Casarão.

INTENÇÃO – A polêmica surgiu de um fato concreto: há quatro anos a OS Abaçaí trouxe para o parque Vila Guilherme – Trote o megaevento Revelando São Paulo, que traz milhares de pessoas para a região no mês de Setembro. Ao utilizar o Casarão como base de apoio durante o evento a Abaçai percebeu o seu potencial, e revelou a intenção de ocupar o espaço como gestora de atividades culturais.

ARGUMENTOS – Em 19/10 a Abaçaí promoveu uma reunião no parque V. Guilherme – Trote para expor suas razões. Toninho Macedo, diretor da entidade, alegou que a Abaçaí é  entidade com larga experiência, e que deixaria espaço aberto para a participação da comunidade, caso viesse a gerir o futuro espaço cultural do Casarão.

EX-ALUNOS – Já os que propõem uma gestão pública direta da SMC têm feito reuniões periódicas, e pretendem criar um conselho gestor do espaço cultural, para atuar junto ao poder público. Em reunião no dia 12/12 na subprefeitura esse grupo levantou pontos específicos para serem levados à SMC, pleiteando usos e a gestão participativa através da criação do conselho. Compareceram à reunião diversos ex-alunos da Escola Afrânio Peixoto, que tiveram aula no Casarão.

Mesa de trabalho (sem mesa) no dia 12. Mesa de trabalho (sem mesa) no dia 12. Ex-alunos do Casarão. Ex-alunos do Casarão.

DECISÃO – A questão está colocada. A SMC já pediu a titularidade do espaço para a subprefeitura. Assim está nas mãos do secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, decidir os próximos passos.

 

Minudências
@ O Casarão foi tombado pelo Compresp em 2013. 
@ Técnicos da SMC fizeram uma vistoria no imóvel. Eles constataram que só uma grande reforma tornará o espaço viável para ser usado como equipamento de cultura. 
@ Na mesa de trabalho da reunião do dia 12/12 estavam Tiago Gnecco (supervisor de Cultura da subprefeitura), Henrique Ollitta (presidente do diretório do PT da V. Maria), Michel Rocha (Distrital V. Maria da Associação Comercial de SP), Amilton Ferreira (Agito Cultural Zona Norte), e Giovanne Santos (Amigos da Vila).